Poster (Painel)
188-2 | ATIVIDADE ANTIBACTERIANA E ANTIFÚNGICA DE MEL E GEOPRÓPOLIS DE ABELHA URUÇU (Melipona scutellaris) PRODUZIDO NO ESTADO DA PARAÍBA | Autores: | Cabral, V.A. (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Gorlach-Lira, K. (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) |
Resumo Ao mel são atribuídas diversas propriedades terapêuticas, como por exemplo, expectorante, energético, cicatrizante, anti-inflamatório, antipirético e antimicrobiano, sendo assim amplamente usado na medicina popular. Vários estudos têm sido direcionados para a ação antimicrobiana do mel e própolis produzidos pela Apis mellifera, almejando sua possível utilização clínica. Entretanto, poucas pesquisas abordam os produtos oriundos de abelhas da tribo Meliponini, também conhecidas como abelhas indígenas sem ferrão. Estas abelhas, além dos produtos comumente comercializados como mel e própolis, produzem geoprópolis, uma mistura de argila com própolis usada para vedação do ninho das abelhas. A abelha uruçu nordestina (Melipona scutellaris) é bastante conhecida por serem atribuídos a seus produtos ações medicinais. Este trabalho objetivou analisar a atividade antimicrobiana do mel e geoprópolis da abelha uruçu contra as cepas de Bacillus cereus (CCT0198), Escherichia coli (ATCC 25922), Staphylococcus aureus (ATCC 25923) e Candida albicans (ATCC 10231). Para as análises foram utilizadas amostras de mel frescas e armazenadas por um período de um, dois e três anos em temperatura ambiente, bem como extrato hidroalcóolico de geoprópolis. Atividade antimicrobiana foi avaliada pelo método de difusão no meio sólido utilizando o Agar Müller-Hinton. As cepas de B. cereus e C. albicans não apresentaram sensibilidade ao mel, no entanto mostraram-se sensíveis ao extrato de geoprópolis, (14,7 mm ± 2,0) e (15 mm ± 2,1), respectivamente. A inibição do crescimento de E. coli foi observada apenas na presença do mel (26,4 mm ± 2,1), enquanto a cepa de S. aureus apresentou sensibilidade tanto ao mel (30,7 mm ± 3,9) quanto ao extrato de geoprópolis (14,2 mm ± 2,2). Não houve diferença significativa (p< 0,05) no nível de inibição de crescimento das cepas entre as amostras de méis frescos e armazenados durante 1 – 3 anos. Os resultados obtidos mostram que os produtos oriundos de M. scutellaris, mel e geoprópolis, possuem potencial relevante para o controle de infeções microbianas. Palavras-chave: Mel, Geoprópolis, Atividade antimicrobiana, Abelha uruçu, Melipona scutellaris |